A denominação de software art designa as obras criadas quando é o próprio artista quem programa . Este conceito surgiu em relação à net art durante a década de 1990 , que na sua apresentação estava limitada à internet . A obra de arte como programa , pelo seu lado , é executável num determinado ambiente hardware e não está limitada à internet .
Por outro lado , a criação de um programa pode constituir um dos compontentes de uma determinada obra artística . O resultado pode ser um objecto estético , provido ou não de movimento , podendo também constituir o produto de uma modificação dos conteúdos existentes num computador ou numa página web .
A arte realizada com um software contém , portanto , a chave das normas por que se rege uma determinada obra artística , razão pela qual muitas vezes se enquadra no âmbito da arte conceptual . No entanto , os artistas adscritos à software art e os críticos resistem a aceitar em alguns casos esta categorização por lhes parecer demasiado estática : eles definem os programas não apenas como uma ideia , mas também como algo dotado de entidade material . Ao contrário do que acontece numa animação , formada por sequências renderizadas que se repetem constantemente em múltiplos ciclos sem qualquer modificação , os trabalhos com software programam-se de novo permanentemente , dando origem a um produto inteiramente novo . Isto significa que existe uma ampla variedade de possibilidades sobre como um trabalho pode ser desenvolvido . É improvável que as mesmas constelações se repitam , por exemplo , no que se refere a cor e linhas .
A tarefa de desenvolver programas informáticos foi executada pelos artistas logo desde os primeiros tempos da arte digital , no entanto o conceito de software art existe há poucos anos . Até esse momento , o desenvolvimento de programas tinha ocupado um lugar de escassa importância no panorama e os posicionamentos gerais da arte digital .
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